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A marca da evolução na expectativa para os anos 20

Alguns países começam a ensaiar uma volta à normalidade, amparada pela chegada das vacinas e por menores índices de contaminação pelo coronavírus. Por conta disso, a bolsa de especulações sobre o futuro da sociedade humana já arrisca previsões promissoras para esta década de 20, fazendo um paralelo com os chamados loucos anos 20 do século passado.

Há mais ou menos cem anos, os costumes humanos deram um salto, impulsionados em grande parte pela eletricidade. Vieram os aparelhos eletrodomésticos e os carros a combustão, para citar dois exemplos. Agora, seria a vez de outras evoluções tecnológicas.

“Nestes anos 20, será consolidada a quarta revolução industrial pela nanotecnologia, biotecnologia, engenharia genética e inteligência artificial”, disse ao El País Nuria Oliver, doutora em inteligência artificial pelo Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT). “A própria vacina é resultado desses avanços, e se várias foram conseguidas ao mesmo tempo, é graças a essa quarta revolução industrial, que continuará avançando e transformando a sociedade.”

Projeções do FMI alimentam expectativas positivas, com um crescimento econômico mundial de 6% em 2021 e de 4,4% em 2022. Num mundo pós-pandemia, o consumo – reprimido pelo isolamento social – explodiria, beneficiado por poupanças engordadas durante a crise sanitária. Ancorada em entrevistas com executivos, a empresa de consultoria McKinsey afirmou que o trabalho remoto permitiu antecipar em sete anos as mudanças previstas para o mundo.

 

CARROS ELÉTRICOS E O MUNDO AO ALCANCE DA MÃO

No início do século passado, a humanidade viveu a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e ainda a epidemia da gripe espanhola, que ceifou cerca de 50 milhões de vidas. Mas a partir daí houve um espetacular crescimento da bolsa de valores e explosões de consumo e hedonismo, ainda que tudo isso tenha desaguado no crash de 1929, uma antessala da Segunda Guerra Mundial.

O romance O grande Gatsby, de Scott Fitzgerald, tornou-se um ícone do universo da elite ocidental da década de 20. Se na época o calhambeque era um fetiche de todo milionário, agora a expectativa está em torno do carro elétrico, ou ainda dos veículos autônomos. E se há cem anos o rádio trazia com força a música para dentro dos lares, agora o mundo inteiro parece estar literalmente ao alcance da mão – dentro do celular.

A China investe na produção de grafite, um componente das baterias de carros elétricos. Mas há outras apostas que se anunciam mais ambientalmente corretas. “Nem híbrido nem elétrico, é preciso ir ao hidrogênio, muito mais compatível com os recursos que temos no planeta”, disse ao El País a virologista Margarita Del Val, do Centro Molecular Severo Uchoa.

Em meio à chegada das redes móveis 5G, o otimismo entre muitos cientistas e especialistas em tecnologia esbarra no pessimismo de outros tantos filósofos e cientistas sociais, calcado justamente nos acontecimentos do século passado. “Os felizes anos 20 deram lugar aos sombrios anos 30, e essa incerteza e medo causam uma polarização exacerbada, a busca de soluções simples para problemas complexos”, analisou o filósofo Txetxu Ausín, do Centro de Ciências Humanas de Madri.

Ele acrescentou: “É um terreno fértil para o populismo e a simplificação que também triunfaram depois de 1929 na forma do fascismo e do totalitarismo.”

 

MAIOR DIVISÃO DE TRABALHO DOMÉSTICO

No Brasil, os exemplos de pujança inovadora de cem anos atrás incluem a Semana de Arte Moderna, que em 1922 sacudiu a linguagem das artes em geral, e as comemorações do Centenário da Independência, que mudaram a cara do Rio de Janeiro. Na então capital federal, o desmonte do Morro do Castelo deu lugar a 14 pavilhões internacionais, entre os quais a sede da Academia Brasileira de Letras, o único que permanece de pé.

A antropóloga Mirian Goldenberg, do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, aponta duas tendências que vieram para ficar, mas que nada têm de glamorosas: uma maior divisão do trabalho doméstico e a disseminação do trabalho remoto. E se a editora da Vogue, Anna Wintour, previu uma procura pelo luxo após o ostracismo da pandemia, Goldenberg acredita que vamos parar de nos vestir para os outros.

“Há uma valorização do que é mais natural, mais simples”, diz ela. “O paradoxo do isolamento é que nunca nos comunicamos tanto tecnologicamente. Estamos mais presentes na vida do outro do que antes.”

Celina Côrtes é jornalista, escritora e mantém o blog Sair da Inércia. 

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