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Comunicação Não-Violenta: Uma defesa contra o assédio das mulheres nas empresas

A Comunicação Não-Violenta (CNV) tem sido cada vez mais disseminada e aplicada no mundo inteiro para promover atitudes conscientes e fomentar relações de confiança no ambiente de trabalho, nas famílias e nas escolas. Desenvolvida pelo psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg, a CNV estimula a compaixão e a empatia, valores essenciais em qualquer relacionamento. Dessa forma, ajuda a prevenir e resolver conflitos e pode evitar casos de assédio.

Denúncias de funcionárias contra colegas e superiores, por conta de assédio e práticas abusivas, hoje ganham repercussão em escala global. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que 52% das mulheres já sofreram assédio sexual, moral ou psicológico. O mesmo vale para o ambiente escolar, onde queixas de assédio contra alunos e professores também se multiplicam.

Através da CNV, a vítima de assédio ganha instrumentos para se expressar de forma clara, madura e assertiva, aumentando a chance de ser ouvida e respeitada. “Assim, aprende a lidar com os outros ao seu redor, sem tolerar nenhuma forma de desrespeito ou agressão. Sobretudo, aprende a colocar limites sem cair na armadilha da agressividade, o que é de grande valia para desarmar o novelo de abusos e agressões”, explica Marie.

A CNV tem contribuído para transformar pessoas e organizações. Vem revolucionando os relacionamentos em mais de 110 países e despertando atenção cada vez maior no Brasil, tanto em relação à sua utilidade individual quanto nos ambientes corporativos e institucionais, como em governos e até na ONU.

A diversidade é uma das questões mais difíceis hoje no ambiente corporativo e escolar. A capacidade de lidar com a complexidade e com a diversidade humana é fator fundamental para evitar esses conflitos e resolver situações. Por isso a CNV é tão importante. Ela auxilia as pessoas a lidarem com o outro, com o diferente e com as diferenças. É fundamental para trazer níveis de consciência a quem pratica o assédio e, com isso, colocar fim a esta prática. E também para as vítimas, que podem identificar e sair desta situação.

Segundo o Gallup Institute, organizações nas quais o engajamento dos profissionais é maior são 22% mais lucrativas, 21% mais produtivas e têm índice de absenteísmo 37% menor em relação às que têm menor percentual de engajados. Mas, para tanto, é preciso um bom ambiente de trabalho. Empatia e comunicação respeitosa são fundamentais para cuidar das relações e melhorar o clima. Não há confiança sem respeito.

POR MARIE BENDELAC URURAHY

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