Podemos finalmente encontrar uma resposta para uma controvérsia antiga. O que é mais eficaz na proteção contra gripe e outros vírus respiratórios: máscara cirúrgica comum ou as máscaras mais caras (do tipo respirador)?
Essa descoberta é importante do ponto de vista de políticas públicas, porque informa sobre o que deve ser recomendado e que tipo de vestuário de proteção deve ser mantido disponível para surtos.
Informações para profissionais de saúde
A equipe médica, em particular enfermeiros, médicos e outras pessoas com contato direto com o paciente, correm riscos ao tratar pessoas com doenças contagiosas. Um grande estudo realizado em um sistema hospitalar de Nova York após o surto de 2009 do H1N1, ou gripe suína, verificou que quase 30% dos profissionais de saúde nos departamentos de emergência estavam contaminados.
Durante essa pandemia, o governo dos EUA recomendou o uso de respiradores N95, projetados para se encaixar bem sobre o nariz e a boca e filtrar pelo menos 95% das partículas transportadas pelo ar, em vez das máscaras rotineiramente usadas pelos profissionais de saúde. Mas algumas instalações tiveram problemas para reabastecer os N95 quando os suprimentos foram usados, pois são mais caras e mais difíceis de se encontrar do que as máscaras cirúrgicas.
Esse estudo demonstrou que não há diferença na incidência de transmissão respiratória viral entre os profissionais de saúde que usam os dois tipos de proteção. Além disso, há preocupações de que os profissionais de saúde possam estar menos vigilantes ao usar os respiradores N95, já que muitos os consideram menos confortáveis do que as máscaras médicas, como dificultar a respiração e aquecer o rosto do usuário.
Ou seja, grosso modo, um equipamento de proteção não é superior ao outro.
