Embora seja melhor para o nosso planeta consumir quantidades menores de carne vermelha, a maioria das pessoas pode continuar a comer esse insumo sem se preocupar com a sua saúde. Cortar a carne tem um impacto pequeno para a nossa saúde, pois não existe uma associação estatisticamente significativa ou importante entre o consumo de carne e o risco de doenças cardíacas, diabetes ou câncer.
Uma pesquisa recente apontou essa falta de correlação entre o consumo de carne vermelha e a incidência de problemas crônicos de saúde entre adultos. Esse resultado é interessante, mas controverso, em um momento em que existe um interesse mundial não apenas na nutrição, mas na questão da carne vermelha em particular. Os cientistas afirmaram que as pessoas precisam ser capazes de tomar decisões sobre sua própria dieta com base nas melhores informações disponíveis, e isso incluiria saber que ingerir carne vermelha pouco impactará para a sua saúde a longo prazo.
No entanto, isso só é válido se a sua opção for se concentrar exclusivamente em resultados de saúde. O quadro muda completamente se consideramos o bem-estar animal ou preocupações ambientais, já que a atividade agropecuária é o principal estressor para os recursos do planeta. É perfeitamente válido reduzir ou eliminar a sua ingestão pessoal de carne vermelha por esses motivos.
Fora isso, esses estudos não devem alterar as recomendações atuais sobre padrões alimentares saudáveis e equilibrados para a prevenção de doenças crônicas. As recomendações existentes são baseadas em evidências sólidas de estudos controlados randomizados, bem como estudos epidemiológicos de doença cardiovasculares, câncer e diabetes tipo 2.
Para melhorar a saúde humana e a sustentabilidade ambiental, é importante adotar padrões alimentares ricos em alimentos saudáveis à base de plantas e relativamente baixos em carnes vermelhas e processadas.
