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A meditação da atenção plena é um tratamento cada vez mais popular para a ansiedade, mas testar sua eficácia para a comunidade científica é desafiante. Porém, isso está prestes a mudar. Um ensaio clínico rigorosamente projetado, conduzido por um pesquisador do Centro Médico da Universidade de Georgetown, encontrou evidências fisiológicas objetivas de que a meditação focada em mindfulness combate a ansiedade.
Os pesquisadores descobriram que os pacientes com transtorno de ansiedade reduziram drasticamente as respostas inflamatórias e a hormônio do estresse depois de fazer um curso de meditação de atenção plena. Já os pacientes que fizeram um curso de gerenciamento do estresse não meditativo pioraram as respostas.
O treinamento de meditação mindfulness é uma abordagem de tratamento relativamente barato, e que fortalecem e melhoraram a resiliência ao estresse. O estudo, publicado em 24 de janeiro na revista Psychiatry Research, incluiu 89 pacientes com transtorno de ansiedade generalizada, uma condição de preocupação crônica e excessiva.
Testes anteriores de terapias baseadas em meditação compararam um grupo que medita a um grupo de controle não tratado. Como os participantes de tais estudos não sabem se estão recebendo tratamento ou não, a probabilidade de que eles sejam influenciados pelo “efeito placebo” e por outras formas de viés de expectativa é grande, o que dificultava a aprovação desse tipo de estudo.
Neste estudo, os participantes teriam pouco ou nenhum viés de expectativa, porque todos foram designados para um tratamento e não foram informados sobre a hipótese abordada pelos pesquisadores.
Antes e depois do curso de treinamento, os participantes foram submetidos a uma técnica experimental padrão para induzir uma resposta ao estresse. Nela, os participantes são solicitados a dar um discurso diante de um público e recebem outras instruções para induzir a ansiedade.
O objetivo era testar a resiliência dos pacientes e sua resposta ao estresse. Para o teste de estresse, a equipe monitorou os níveis do hormônio do estresse ACTH e das proteínas inflamatórias IL-6 e TNF-α. O grupo controle apresentou aumentos modestos no segundo teste em comparação ao primeiro, sugerindo um agravamento de sua ansiedade de ter que suportar o teste novamente. Por outro lado, o grupo de meditação mostrou grandes quedas nesses marcadores, sugerindo que o treinamento de meditação os ajudou a lidar com o estresse.
Os pacientes do grupo de meditação, comparados aos controles, experimentaram reduções significativamente maiores nas medidas de estresse autorrelatadas após o curso.
O estudo acrescenta evidências para a eficácia da meditação mindfulness no tratamento da ansiedade e um bom paradigma para o estudo futuro de intervenções como a meditação em terapias psicológicas.