O estigma da saúde mental tem diminuído com os anos. Mais e mais pessoas procuram por diagnósticos e auxílio, principalmente os jovens. Em uma nota divulgada pela Associação Americana de Psiquiatria, os diagnósticos de saúde mental e os tratamento entre estudantes universitários aumentaram substancialmente entre 2007 e 2017.
Segundo a pesquisa:
- Os diagnósticos de saúde mental aumentaram de 22% para 36%;
- O tratamento aumentou de 19% para 34%, com padrões semelhantes para terapia/aconselhamento e uso de medicamentos;
- A abertura para falar sobre ideação suicida aumentou de 6% para 11%.
No geral, as taxas de estigma percebido e pessoal diminuíram ao longo do tempo de 64% para 46% e de 11% para 6%, respectivamente. O estigma percebido foi medido de acordo com a afirmação “a maioria das pessoas conhece ao menos uma pessoa que recebeu tratamento de saúde mental“. Já o estigma pessoal foi medido a partir da afirmação “eu conheço ao menos uma pessoa que tenha recebido tratamento de saúde mental“.
Embora os autores observem que a diminuição do estigma e o aumento da visibilidade para o problemas de saúde mental contribuam para o aumento do uso do serviço, eles não abordaram as razões por trás dessas mudanças.
Na verdade, a tendência é que esses números aumentem com os anos. Especula-se que grande parte dos indivíduos que se beneficiariam com o tratamento para a saúde mental ainda não teve acesso ao auxílio devido ao receio de trazer para si o estigma social acarretado pelos transtornos. Mas, mudanças na sociedade são perceptíveis quando assuntos como depressão, transtorno de personalidade limítrofe e ansiedade são tratados de forma aberta na cultura popular e entre grupos de convivência. Esse tipo de exposição, quando cuidadosa, encoraja os indivíduos a procurarem formas novas de lidarem com sua saúde mental, colocando em foco o seu desenvolvimento pessoal.