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Os oito passos da ioga por Patanjali

Os Yoga Sutras, texto clássico escrito pelo filósofo Patanjali no século 6 a.C, é considerado uma das mais importantes codificações da disciplina da ioga. Patanjali descreve a ioga como sendo um sistema composto por oito partes, denominado em sânscrito Ashtanga-Yoga.

De acordo com Patanjali, para conseguir a libertação, um iogue, sob a orientação de um mestre, passa por oito estágios: comportamento disciplinado (iama), autopurificação (niiama), posturas corporais (asanas), controle da respiração (pranayama), controle dos sentidos (pratiahara), concentração da mente sobre um objeto escolhido (dharana), meditação (dhiana). O oitavo estágio, chamado samadhi, é de concentração, no qual o iogue compreende que sua alma é pura, livre e vazia.

Esses são passos que se sobrepõem à medida que se avança no caminho. O discípulo só passa à etapa seguinte quando já dominou a precedente. Para obter uma verdadeira consciência de cada estado, esse estudo deve ser feito com muito cuidado e requer disciplina e esforço do iogue. O mais importante é vivenciar cada um dos oito passos:

  • Iama (prescrições morais):

ahimsa ou não violência

satya ou não mentir

asteya ou não-roubar

brahmacharya ou não dissipar a sexualidade

aparigraha ou não cobiçar

  • Niiama (prescrições éticas):

saucha ou limpeza

(higiene corporal externa e interna pelas asanas e pranayama, da mente, do intelecto, da alimentação e do lugar em que se pratica ioga)

santosha ou alegria; contentamento

tapas ou autossuperação, austeridade

(esforço do corpo, da fala e da mente)

svadhyaya ou autoestudo

Ishvara pranidhama ou autoentrega

  • Asanas ou posições psicofísicas. Ioga trabalha força, equilíbrio e flexibilidade. Através dos asanas, ou posturas, transformamos a energia do corpo em uma mais sutil.
  • Pranayama ou expansão (ayama) da força vital (prana) através de exercícios respiratórios. Consiste em trabalhar com o processo de inspirar e expirar. É a fronteira entre o material e o espiritual. É o pilar da ioga.

Prana = energia

Yama = controle, domínio, expansão

Captamos o prana pela pele, alimentação natural (quanto mais próxima da raiz/origem, mais prana o alimento possui), e respiração, que é a forma mais importante de trabalhar o prana.

  • Pratiahara ou abstração dos sentidos externos. É o desligamento do mundo exterior. O “tesouro da ioga” ou os efeitos.
  • Dharana (concentração mental): É a concentração focal da consciência. Aprender a direcionar a energia mental para um único foco. Fortalecimento da mente e tranquilidade obtida pela redução dos pensamentos.

Concentração focada num único ponto. Início no controle da mente. Reduz a flutuação mental.

  • Dhiana (meditação): É estar presente no momento presente. Exige prática diária. 
  • Samadhi ou estado de hiperconsciência, absorção: É um estado de iluminação.

Fonte: Gaya Bem Estar.

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