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“Pelo Santo Evangelho, água!”

Água. Um elemento tão básico e necessário à vida.

“Os tecidos do corpo são formados por grupos de células, que são mais líquidas do que sólidas. Somos compostos de água nos tecidos musculares, no sangue e no cérebro, na proporção de, aproximadamente, 50% quando idosos e 90% quando bebês. No processo de amadurecimento e envelhecimento, vamos perdendo água, o que provoca ressecamento das juntas, enrugamento da pele, diminuição do ritmo do metabolismo etc.” Portanto, ela é essencial para as nossas células, órgãos, tecidos, e ajuda a regular nossa temperatura e a pressão arterial, pois o corpo desidrata com as funções de respirar, transpirar e ao digerir. “A água é (ou no caso do Rio, era) uma substância biodisponível, coloidal, rica em minerais e bactérias ‘do bem’, e se comunica diretamente com a água presente no corpo humano, no sangue, promovendo regeneração e limpeza.”

O que está acontecendo no Rio de Janeiro não é nenhuma surpresa. O descaso do governo não é só estrutural e gerencial: é  uma negligência religiosa e educacional.

A contaminação e a redução das águas são consequência do descaso de nós, cidadãos inconscientes e inertes. E isso se agrava com o desdém do governo, com a falta generalizada do exercício da cidadania. A água enriquece a terra e germina a planta, que fortalece o homem, que é o principio da cadeia. A redução das chuvas e o desequilíbrio ambiental alimentam o êxodo rural, que sobrecarrega as cidades e cria mais instabilidade e desconexão com a terra, com a natureza, com a fé e suas divindades.

A água, dom divino, está sendo perdida. A questão é muito mais profunda e primária e exige mudanças radicais. Consciência ecológica e alimentar deve ser ensinada nas escolas e todos deveriam ter direito a frequentar as aulas, mas com governos tão religiosos, os próprios livros sagrados são ignorados. O Espírito Santo é a água da vida.

Na Bíblia e demais escrituras sagradas, água significa vida. A criação é a partir da água, e nós, mamíferos, nascemos dela, do ventre da mãe, que é filha da mãe Terra. Parece-me quase um momento de provação; afinal, situações de desertificação/exílio proporcionam a reconexão, o aperfeiçoamento da fé, da percepção da importância do que realmente é relevante.

Seria a água um bem relevante? Os cariocas estão aproveitando para se reconectarem e se mobilizarem? Fica a pergunta.

Agradecimentos à Lídice Meyer Pinto, bióloga e antropóloga especializada em religião, em entrevista a Moisés Rabinovici para “Um Olhar sobre o Mundo, da TV Brasil”.

Recomendação de livro: “Você Pode Ser Mais Feliz Comendo”, de Karen Couto, capítulo 6, “Anjos da Guarda, eles existem”.

 

Por Karen Couto

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