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Um jovem disposto a limpar o ar das cidades indianas

Aos 10 anos, o indiano Angad Daryani sentia falta de ar quando jogava futebol, o que hoje, aos 23, ele atribui à poluição do ar em sua cidade, Bombaim. Os problemas respiratórios na infância acabaram sendo um incentivo para que se tornasse um empreendedor disposto a limpar o céu de um país conhecido pela poluição de suas metrópoles.

Daryani criou um dispositivo capaz de capturar fuligem e outras partículas poluentes do ar e depositá-las em recipientes, para que mais tarde sejam utilizadas na produção de azulejos para pisos.

O sistema é relativamente simples. Daryani contou à BBC que começou a desenvolvê-lo quando estudou engenharia no Georgia Institute of Technolgy, nos Estados Unidos. Trata-se de um sistema de purificação que suga partículas poluentes ao ar livre sem a utilização de filtro – o que é considerado uma característica inédita – e que pode ser acoplado a paredes de prédios, ao ar livre.

Para comercializá-lo, Daryani abriu a startup Praan. Ele comentou que outros purificadores de ar existentes no mercado são caros e, em geral, grandes, o que dificulta a instalação. Recentemente, o governo indiano instalou um purificador de vinte metros de altura em Nova Délhi, ao custo aproximado de US$ 2 milhões. “Esta não é a solução”, afirmou o inventor. Os purificadores de ar de sua empresa têm 1,7 metro de altura, podem ser facilmente montados em postes, prédios e escolas, e custam bem menos.

 

PLANOS PARA INSTALAÇÃO EM ESCOLAS, HOTÉIS E INDÚSTRIASi

Daryani explicou que o uso de filtros, como nos purificadores domésticos, não é uma boa solução, porque numa cidade poluída seria preciso substituí-los diariamente. Já o dispositivo da Praan pode remover mais de 8,5 metros cúbicos de poluentes por minuto e tem capacidade para armazenar mais de 300 metros cúbicos. A câmara de coleta precisa ser esvaziada a intervalos de dois a seis meses, dependendo do nível de poluição do ar.

Em vez de jogar fora os poluentes coletados, Daryani e sua equipe resolveram utilizá-lo. O carbono capturado é entregue a outra empresa indiana, a Carbon Craft Design, que aproveita os poluentes em pó para criar azulejos artesanais usados em pisos decorativos.

Os poluentes de carbono são usados como pigmento. São combinados com resíduos de pedra e um agente aglutinador, como barro ou cimento, e cortados em padrões delicados. Assim, viram azulejos que decoram pisos de restaurantes, lojas e hotéis.

Recentemente, a Praan levantou US$ 1,5 milhão com investidores dos Estados Unidos e da Índia. Daryani planeja usar os recursos para um programa piloto, em que instalará purificadores de ar em escolas, hotéis e projetos industriais em diferentes partes do país. Nos próximos anos, ele espera que a tecnologia seja usada em outros países – Coreia do Sul e México já demonstraram interesse.

 

FAMÍLIAS MAIS POBRES SOFREM MAIS COM POLUIÇÃO

Por hora, a prioridade é assegurar um custo adequado. “Muitos dos países mais poluídos do mundo estão entre os mais pobres”, disse ele. “Pessoas pobres trabalham em fábricas, constroem ruas e infraestrutura e usam transporte público para chegar ao trabalho. Elas moram e trabalham nos ambientes mais poluídos.”

Um estudo recente mostrou que as famílias indianas pobres são as que sofrem o maior risco de morte por doenças causadas pela poluição. Autor do estudo e professor de sistemas de energia da Yale School of Environment, Narasimha Rao afirmou à BBC: “Embora não produzam muita poluição do ar indiretamente, porque não consomem muito, grupos de baixa renda estão enfrentando um impacto desproporcional de poluição aérea de outras fontes”.

Economista à frente de um programa de incentivo a empreendimentos que participou do desenvolvimento da Praan, Shruti Rajagopalan comentou: “Crianças em favelas e famílias forçadas a viver perto de áreas industriais ou rodovias sempre precisam de inovações adicionais para reduzir a perda de saúde e produtividade.”

“As futuras gerações precisam sentir que têm um futuro”, disse Daryani. Ele contou que começou a desenvolver também um dispositivo para captura de dióxido de carbono do ar. Sua expectativa é de que o aparelho remova uma tonelada do gás – causador do efeito estufa – até o fim do ano e possa ser instalado em parques e áreas industriais. Segundo ele, clientes dos EUA e da Europa comprometidos em reduzir emissões de carbono estão de olho.

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