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Voos com mais conforto e menos risco de contaminação

O que será do amanhã ainda é uma pergunta sem resposta. Poderá ser um mundo melhor, embora as perdas humanas e as consequências econômicas da pandemia sejam capazes de redundar em tempos sombrios. Porém, de onde menos se espera, surge uma luz no fim do túnel. Na aviação comercial, um dos ramos mais castigados pela crise do novo coronavírus, algumas empresas estão prevendo um futuro melhor na vida dos passageiros. E supostamente sem aumento de tarifas, redução da capacidade dos aviões ou prejuízo em seus caixas.

A startup italiana Zephyr Aerospace causou sensação ao anunciar uma revolucionária reformulação no design do ambiente da classe econômica: a substituição das fileiras horizontais de poltronas por nichos verticais com espaço para dois passageiros, um em cima do outro. As poltronas terão inclinação fixa, reservando mais espaço para as pernas, e o passageiro poderá deitar em diagonal. Um conforto distante das atuais latas de sardinha que são as aeronaves atualmente.

O acesso aos nichos se dará por uma escadinha e cada assento disporia de espaço para uma mala de mão pequena – nada daqueles compartimentos acima dos assentos. A mudança visa a proporcionar conforto suficiente para longas viagens, favorecendo a permanência dos passageiros a bordo.

Os pais da ideia garantem que as poltronas em disposição vertical são viáveis nos atuais aviões de grande porte, uma vez que o segundo andar ocupará o atual espaço dos bagageiros. Além disso, placas de acrílico isolarão passageiros vizinhos, uma medida de prevenção para esses tempos de pandemia. E os filmes, atualmente exibidos em telinhas instaladas na parte posterior do encosto das poltronas, passariam a ser vistos em telas individuais maiores.

 

FILEIRAS DE POLTRONAS EM ZIGUEZAGUE

 As inovações fazem crer que foi preciso uma pandemia para a aviação comercial perder o medo de inovar, buscando proporcionar voos não apenas mais confortáveis, como mais saudáveis.

Uma das empresas disposta a inovar é a Air New Zeland. Seu projeto prevê a instalação de seis cápsulas – três de cada lado do avião – com dois metros de comprimento e 85 centímetros de largura, nas quais os passageiros poderão dormir em camas beliche, com direito a cobertor e cortina para assegurar a privacidade. A companhia planeja estrear a nova cápsula – batizada de Skynest– no primeiro semestre de 2021, na rota Auckland-Nova York, de 17 horas.

Em meio à baixa procura por viagens aéreas provocada pela pandemia, o escritório italiano Aviointeriors divulgou dois projetos de design que também podem contribuir para reduzir o risco de contaminação pelo novo coronavírus. Um deles, o Janus, prevê fileiras de poltronas em ziguezague, de modo que dois passageiros vizinhos não fiquem virados um para o outro e ainda estejam separados por uma divisória de acrílico. O outro, Glassafe, conta com uma proteção na parte superior da poltrona para prevenir a circulação de partículas no ar, prevenindo a contaminação.

Outra novidade é o Thales Digital Sky, da francesa Thales: um monitor individual que ocupa quase todo o espaço da parte posterior do encosto da poltrona, permitindo ao passageiro não apenas a leitura de jornais e revistas em tamanho real, como mais qualidade na exibição dos vídeos. Neste caso, a alternativa pode parecer obsoleta, levando em conta uma tendência no setor: a migração do entretenimento a bordo para tablets e celulares dos próprios passageiros, o que contribuiria para reduzir o custo das companhias aéreas e ainda evitaria que os viajantes tocassem em superfícies dentro da aeronave.

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