Uma nova abordagem permitiu que pesquisadores criassem Células-Tronco Potenciais Expandidas (EPSCs) de células humanas e de suínos. Essas células-tronco têm as características das primeiras células do embrião em desenvolvimento e podem se formar em qualquer tipo de célula.

As células-tronco têm a capacidade de se desenvolver em outros tipos de células. As linhas de células-tronco existentes já são extremamente úteis para pesquisas sobre desenvolvimento de doenças e seus tratamentos. No entanto, o material disponível atualmente é limitado, e até agora também não foi possível criar células estaminais embrionárias a partir de porcos e muitos outros animais de criação.

Há décadas cientistas têm tentado derivar células-tronco embrionárias de suínos sem sucesso. Com a nova tecnologia de EPSCs, é possível agora derivar e caracterizar com sucesso as células-tronco de embriões de porcos.

Como as EPSCs humanas podem produzir um grande número de células placentárias, elas oferecem novas oportunidades para investigar complicações na gravidez, como pré-eclâmpsia e abortos espontâneos. Os EPSCs vêm da cultura de células desde o estágio inicial de desenvolvimento, quando o óvulo fertilizado se dividiu em apenas 4 ou 8 células e as células retêm alguma totipotência – a capacidade de produzir todos os tipos de células.

Ou seja, estas células-tronco da EPSC possuem uma potência de desenvolvimento que não é geralmente vista em células-tronco pluripotentes embrionárias ou induzidas convencionais. Elas têm o potencial para produzir todas as linhas celulares embrionárias e extra-embrionárias, incluindo aquelas na placenta e no saco vitelino, voltando o relógio de desenvolvimento ao tipo celular mais antigo.

Os primeiros EPSCs foram criados em 2017, quando o grupo teve como alvo caminhos-chave moleculares durante o desenvolvimento inicial em camundongos. Nestes primeiros estágios de desenvolvimento embrionário, as espécies de mamíferos são muito semelhantes e as células são como uma folha de papel em branco. Este estudo mostrou que é possível usar a mesma abordagem para criar EPSCs humanos e também para estabelecer EPSCs de suínos – mamíferos que antes eram esquivos para pesquisadores de células-tronco.