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Ritmo theta e o aprendizado em bebês

A atividade elétrica no cérebro causa diferentes tipos de ondas cerebrais que podem ser medidas na parte externa do crânio. Dentre elas, nós temos as ondas theta, que geram o ritmo theta. Esse ritmo é decorrente da frequência cerebral dessas ondas, e é importante para a integração de novos eventos.

Recentemente foi elaborado um estudo para investigar o estímulo das ondas cerebrais theta e o ritmo theta em bebês. O objetivo era descobrir se os resultados apresentados por adultos se repetiriam em crianças muito pequenas.

 

Imagens que quebram expectativas

Para tanto, a equipe convidou pais e seus bebês, com nove meses de idade, para ver vídeos em que eram apresentadas interações físicas e sociais esperadas ou inesperadas. Por exemplo: em um dos vídeos, era mostrado um homem segurando um pretzel. Como resultado esperado, o homem levou o pretzel à boca. Mas, como resultado inesperado, quebrando as expectativas dos bebês, o homem levou o pretzel ao ouvido.

A observação de eventos novos ou inesperados permite que os pesquisadores investiguem o processamento de novas informações pelas crianças. Para descobrir como os bebês integram novas informações aos seus conhecimentos existentes, foi analisado um eletroencefalograma (EEG) durante a apresentação das imagens. O EEG mede os sinais elétricos das transferência de informações entre as células nervosas. É um eco da comunicação cerebral. O sinal pode flutuar em diferentes frequências, associadas a diferentes processos cognitivos em andamento.

 

Alta atividade das ondas cerebrais theta

Os bebês absorveram as histórias de figuras muito rapidamente, piscando nas frequências de 4 Hz (theta) ou 6 Hz (alfa). Na condição theta, os eventos foram apresentados a uma taxa de oscilação de quatro imagens por segundo. As áreas cerebrais responsáveis ​​pela visão, o córtex visual, sincronizaram sua atividade com a velocidade das imagens apresentadas. Isso demonstra que o cérebro dos bebês, como o dos adultos, responde à apresentação rítmica dos eventos.

Depois foi analisado como o cérebro reagiu para resultados esperados e inesperados. O resultado indicou que somente o ritmo theta era sensível ao inesperado em comparação às ações esperadas. Portanto, fica comprovado que o ritmo theta é responsável pela codificação de novas informações no cérebro de adultos e bebês.

Assim, o ritmo theta parece desempenhar um papel fundamental na integração de novos eventos ao conhecimento existente já em bebês de nove meses. Em estudos futuros, os cientistas investigarão se os processos de aprendizagem em bebês podem ser ativamente promovidos pela estimulação visual do ritmo theta.

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