A finitude é uma perspectiva que pode ser encarada com mais leveza e aceitação se for ancorada pela crença de que há vida após a morte. Pesquisadores testaram essa hipótese em quatro estudos sobre a capacidade humana de manter as esperanças ao serem confrontados com a morte sob várias condições diferentes.
A pesquisa foi baseada na premissa central da Teoria da Gestão do Terror, de que a autoconsciência entre os seres humanos cria a expectativa de que os resultados desejados ocorrerão no futuro. Paradoxalmente, porém, essa autoconsciência também nos torna conscientes da nossa própria mortalidade. Os psicólogos descobriram que a noção de finitude afetava a esperança entre pessoas com alta e baixa autoestima de formas diferentes.
Os pesquisadores perceberam que a mortalidade minava a esperança de pessoas com baixa autoestima, mas não de pessoas com alta autoestima. No entanto, a crença de que há vida após a morte ajudou a preservar a esperança mesmo entre aqueles com baixa autoestima.
Em dois estudos, a equipe testou se a crença na imortalidade ajudaria pessoas com baixa autoestima a permanecerem esperançosas ao pensar sobre a morte. Em um deles, metade dos participantes leu uma declaração indicando que cientistas estão convencidos de que existe vida após a morte, ou uma declaração argumentando que não há vida após a morte. No terceiro e quarto estudos, os pesquisadores solicitaram para que as pessoas lessem uma declaração de que havia um gene identificado que prometeria uma vida muito prolongada ou uma declaração argumentando que esse gene não foi identificado.
As promessas de vida após a morte ou de vida prolongada na Terra preservam a esperança para pessoas com baixa autoestima ao serem confrontadas com a finitude. Isso indica que ter fé é um mecanismo de enfrentamento eficaz, e que pode ajudar pessoas a encarem melhor sua própria finitude.