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Brasília ganha corredor de abelhas de dez quilômetros

Por sua capacidade de polinização, as abelhas são fundamentais para a reprodução de espécies vegetais. Cientistas constataram, porém, que a quantidade delas vem diminuindo, devido a um fenômeno de morte de colônias atribuído a fatores como uso de agrotóxicos e mudança climática. Daí a importância do que está sendo anunciado como o maior corredor de abelhas do mundo, que está sendo criado em Brasília.

Batizado de Bosque de Abelhas, o corredor terá dez quilômetros de extensão, estendendo-se do Parque da Cidade ao Parque Nacional de Brasília. A iniciativa envolve diversas organizações, empresas públicas e o governo federal.

A área onde o corredor está sendo implantado ganhará mais de 45 mil árvores típicas do cerrado. “Estamos trabalhando para promover a recuperação dos lençóis freáticos, trazer mais qualidade ao solo e adensar as espécies conforme encontramos na natureza”, explicou João Bruno Moreira, do Projeto Reflorir, à Agência Brasília.

O plantio de árvores teve início no ano passado. “Aqui teremos cedrinho, jatobá, ipês, barrigudas, aroeiras, alecrim-do-campo, jenipapo… Serão mais de trinta tipos de mudas diferentes”, disse Luiz Lustosa, presidente da Federação de Meliponicultura do Distrito Federal, ao site Ciclovivo.

Além de espaço para preservação de abelhas, o bosque será também uma nova área de lazer em Brasília. As abelhas não representariam perigo aos visitantes, por serem nativas e sem ferrão.

“Nossa proposta é criar um corredor com espaçamento de menos de um quilômetro entre os bosques, pois assim as abelhas poderão migrar sem dificuldade”, disse Lustosa ao site Razões para Acreditar.

Os organizadores apostam também na beleza do projeto. “Vai ficar muito bonito. Quando as árvores estiverem florindo aqui no parque, naturalmente, vão aparecendo as abelhas nativas. Elas vão ajudar a polinizar as espécies e tudo ficará ainda mais bonito”, previu Lustosa.

 

MORTE DE ABELHAS EM QUATRO ESTADOS BRASILEIROS

A morte repentina de grande número de abelhas foi percebida por apicultores americanos em 2006. Cientistas investigaram o fenômeno e o chamaram de distúrbio do colapso da colônia. Caracteriza-se por uma maciça redução das operárias de uma colônia, com a preservação da rainha.

Conforme estudo da Agência Pública e da ONG Repórter Brasil, mais de 500 milhões de abelhas foram encontradas mortas por apicultores até dezembro de 2018 em quatro estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul. O levantamento foi feito a partir de estimativas de associações de apicultura, secretarias de agricultura e pesquisas universitárias.

Pesquisas atribuíram a morte de abelhas ao contato com agrotóxicos à base de neonicotinoides, classe de inseticidas derivada da nicotina, e ainda ao inseticida Fipronil, que afeta as células nervosas desses insetos e está proibido na Europa. Há relatos também sobre a presença de fungos e outros agentes patógenos.

A pesquisadora Rânia Mara Santa, da Fundação Ezequiel Dias, observou que a importância das abelhas vai muito além do mel comercializado no mundo inteiro. Elas são consideradas fundamentais para o equilíbrio de ecossistemas por conta da polinização, que as relaciona diretamente à reprodução de espécies vegetais, inclusive em ambientes agrícolas, favorecendo o cultivo de frutas como maçã, melão, laranja e maracujá.

“As mudanças climáticas também impactam a sobrevivência das abelhas. Por isso, precisamos pensar maior. Tudo está interligado. Perdendo abelhas, a gente perde alimento, biodiversidade”, disse Rânia ao site Minas faz Ciência.

Silvestre Rodrigues, administrador do Parque da Cidade, disse que o projeto conta com mais de oitenta participantes voluntários. “Estamos apoiando com insumos, maquinário e até o caminhão-pipa com água para regar”, afirmou.

Celina Côrtes é jornalista, escritora e mantém o blog Sair da Inércia. 

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