Embora as pessoas que vivem em culturas baseadas no consumo acreditem que serão mais felizes se adquirirem mais bens, essa busca não é verdadeira e não traz felicidade real para os indivíduos.
A busca pelo dinheiro por si só não é ruim, uma vez que a estabilidade financeira é um fator importante para o bem-estar, mas é prejudicial quando alimentada por um desejo de aumentar sua autoestima. Quando as pessoas vinculam sua autoestima à busca do sucesso financeiro, ficam mais vulneráveis a consequências psicológicas negativas desse objetivo, e sofrem mais com situações contornáveis, como dívidas no cartão de crédito ou ao se comparar com outras pessoas financeiramente mais bem-sucedidas.
Isso acontece porque basear a autoestima no sucesso financeiro significa fazer mais comparações sociais com base financeira. Isso aumenta a sensação de impotência em relação à própria vida e acaba potencializando dificuldades financeiras, estresse e ansiedade.
As pessoas nem sempre pensam nas possíveis desvantagens de envolver sua identidade e valor próprio em atividades financeiras, até porque vivemos em uma sociedade que supervaloriza a riqueza material. Esse fator social é importante ser ressaltado porque as pessoas acabam enxergando o acúmulo de bens como uma fonte de autoestima, sem perceber as consequências negativas.
Quando as pessoas pensam sobre um estresse financeiro, elas experimentam uma queda em seus sentimentos de autonomia. Para piorar, também demonstram desinteresse por seus problemas financeiros, e desistem de procurar soluções para problemas contornáveis.
Uma forma de reparar esse sentimento é valorizar menos o sucesso financeiro e sim escolhas pessoais que aumentem sua qualidade de vida. Cultivar a perseverança e paciência são uma forma saudável de bloquear o desejo pelo consumo, e nos levam a uma vida mais feliz e plena.